Psicologia nas Emergências e Desastres

Em joinville, a principal causa de desastres ambientais são as enchentes. A cidade sempre sofreu com as fortes chuvas, devido a sua localização a poucos metros acima do nível do oceano, entre a Serra do Mar e a Baía da Babitonga. Historicamente, existem registros de enchentes e alagamentos desde do século XIX. Entretanto, a explosão demográfica que seu deu a partir do século XX acentuaram a intensidade e frequência desses eventos - fato ocasionado pela ocupação dos manguezais e encostas, além da criação de loteamentos em regiões alagadiças e construções que tomaram as margens dos rios.  

Na maior cidade do estado, uma das maiores enchentes aconteceu em 1995, quando rio Cubatão transbordou. Em 2008 houve um outro episódio marcante que abalou Joinville. Além de outros eventos corriqueiros que não possuem dimensão tão avassaladora. Pontua-se que o aquecimento global e as consequentes mudanças climáticas são fatores que também influenciam no aumento dos desastres socioambientais.

Atentemo-nos ao conceito de desastres socioambientais, uma vez que esses casos não se devem apenas a fenômenos ambientais isolados. Cita-se que “Eventos climáticos extremos podem ser os catalisadores de um desastre, mas fatores predisponentes armam a bomba relógio: a ocupação desordenada de áreas de risco, como encostas de topografia acidentada e geologia frágil, fundos de vale etc.” (O MIRANTE, 2018, web).

O jornal O mirante (2018) também sugere medidas preventivas que poderiam ser adotadas para evitar casos de enchentes:

1) Na infra-estrutura tradicional → aumentar o dimensionamento da rede de drenagem de águas pluviais; desobstruir as bocas de lobo e as tubulações

2) Na infra-estrutura verde (para reter a água da chuva, retardando sua chegada à rede de drenagem) → aumentar a permeabilidade do solo urbano nas ruas, calçadas e terrenos; aumentar a arborização urbana; desocupar as faixas de preservação dos cursos d’água que tenham sido ocupadas; renaturalizar os cursos d’água que tenham sido tubulados como em Seul, na Coréia do Sul; reter a água da chuva em reservatórios subterrâneos como os piscinões de São Paulo; parques públicos nos fundos de vale, como o Parque Bariguí, de Curitiba

3) Adaptação das edificações → elevar as edificações das áreas alagáveis sobre pilotis (pilares de concreto armado); construir sistemas de comportas nas edificações como em Veneza; captação de água da chuva em cisternas para usos não potáveis como em Melbourne; jardins verticais; telhados verdes.